terça-feira, 26 de novembro de 2013

Robôs ganham feições humanas

Por JOHN MARKOFF
Numa manhã recente, Natanel Dukan entrou na sede da fábrica francesa de robôs Aldebaran, em Paris, e observou um dos robôs humanoides da empresa, o NAO, sentado numa cadeira. Dukan, engenheiro elétrico, não resistiu. Beijou a bochecha do robô. Em resposta, o NAO inclinou a cabeça, tocou o rosto dele e soltou um "smac" audível.
Mandar beijos é certamente uma utilidade bem francesa para uma máquina, mas o gesto íntimo do robô de meio metro de altura -que custa US$ 16 mil e está atualmente sendo usado em laboratórios acadêmicos e em campeonatos de futebol robótico- também reflete uma mudança significativa.
Até recentemente, a maioria dos robôs ficava cuidadosamente separada dos humanos. Eles têm sido muito usados em fábricas para realizar tarefas repetitivas que exigem velocidade, precisão e força. Essa geração de robôs é perigosa e foi confinada para a proteção dos operários.
Agora, os robôs estão começando a imitar os humanos -e a se parecer com eles. Estão também começando a realizar tarefas humanas. "Hoje essa é a onda na robótica", disse Charlie Kemp, professor-associado de engenharia biomédica no Instituto de Tecnologia da Geórgia (ou Georgia Tech), em Atlanta.
"As coisas não são as mesmas quando você está interagindo com pessoas. É aí que queremos que os robôs estejam e é onde vemos que há enormes oportunidades para os robôs. Há exigências muito diferentes das que levaram ao clássico robô industrial."
Muitos dos robôs da nova geração são operados à distância. Porém, cada vez mais, eles realizam tarefas independentemente do controle humano direto.
É o caso de Romeo, robô humanoide de 1,5 metro, que em breve será lançado pela Aldebaran. Criado com uma ajuda equivalente a US$ 13,8 milhões do governo francês, o robô está sendo programado para cuidar de idosos e ajudar em tarefas domésticas.
A ideia de que os robôs sejam parceiros dos humanos, em vez de seus substitutos ou empregados, está motivando pesquisas em universidades e laboratórios industriais. Os projetistas dos robôs acreditam que suas criações irão se transformar em terapeutas, cuidadores, guias e seguranças e que no futuro virão a realizar praticamente qualquer forma de trabalho humano (mas ainda não surgiram robôs capazes de pensar por conta própria).
A chave para esse avanço é a nova forma dos robôs. Sua aparência humana vai além de satisfazer fantasias de ficção científica. Os especialistas dizem estar escolhendo a forma humana tanto por razões sociais quanto técnicas. Robôs que operam em ambientes fechados, em particular, devem ser capazes de se deslocar em um mundo cheio de manoplas, alavancas, portas e interruptores, todos concebidos para humanos.
Os desenvolvedores também observam que os humanos têm afinidade com sua própria forma, o que facilita as transições e torna a colaboração mais neutra. Criar robôs de forma humanoide também simplifica o treinamento e as parcerias no local de trabalho, aumentando o potencial para novas aplicações, como cuidar de pessoas.
Na Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, na Pensilvânia, Manuela Veloso, professora de ciência da computação, desenvolveu uma série de robôs - os CoBots- para realizar tarefas como distribuir correspondência, orientar visitantes com hora marcada e trazer café. Ela chama isso de "autonomia simbiótica", já que os robôs também dependem dos humanos. Eles chegam a pedir orientações se ficarem perdidos.
Rápidas melhorias na visão por computador, no poder de processamento e armazenamento e no barateamento dos sensores, além de novos algoritmos que permitem que os robôs se desloquem em ambientes atulhados, estão possibilitando esses novos usos e, de quebra, alterando a natureza da robótica.
Nos chãos de fábrica mundo afora, uma nova geração de robôs está sendo fabricada por empresas como a Rethink Robotics, de Boston, que produz um robô humanoide para tarefas automatizadas simples, e a Universal Robots, de Odense, na Dinamarca, que fabrica um sistema duplo de braço robótico projetado para aplicações mais tradicionais.
A Rethink Robotics recentemente divulgou um vídeo do seu robô, o Baxter, preparando um café. A empresa disse que o robô humanoide, com mãos em forma de pinça e tela de computador no lugar do rosto, foi treinado em algumas horas para realizar diversas tarefas pré-programadas associadas à preparação do café.
No laboratório de Kemp na Healthcare Robotics, na Georgia Tech, um robô de 1,5 metro, chamado Cody, capaz de sentir forças sobre os seus braços e dotado de uma base que o faz se movimentar graciosamente, está sendo usado como parceiro de dança para dançarinos humanos experientes e para pacientes de fisioterapia.
"É uma forma de usar os robôs para exercícios divertidos e interativos na reabilitação", disse ele.
Fonte: NYT
www.abraao.com

Vale do Silício: Dinheiro ou independência?

Por "THE NEW YORK TIMES"
SERÁ QUE OS JOVENS fundadores do Snapchat, uma start-up de mensagens para celular, estavam delirando quando recentemente rejeitaram uma multibilionária proposta de aquisição feita pelo Facebook? Ou foram gananciosos, achando que conseguirão mais no futuro? Ou corajosos, por perseguirem seus sonhos?
O Snapchat foi lançado em 2011 por Evan Spiegel, 23, e Bobby Murphy, 25. A decisão que eles precisaram tomar -entre embolsar uma bolada ou continuarem independentes- é algo que todos os empreendedores tecnológicos bem-sucedidos uma hora precisarão encarar.
Os êxitos chamam a atenção. Mas o Vale do Silício está repleto de histórias de empresas que abriram mão de dinheiro ao rejeitarem ofertas e de outras que foram vendidas cedo demais.
"Vender ou manter nunca é uma decisão óbvia", disse Ben Horowitz, da empresa de investimentos de risco Andreessen Horowitz, um dos primeiros investidores do Instagram, empresa que teve Kevin Systrom como cofundador e foi vendida ao Facebook por US$ 1 bilhão.
"Quando Kevin vendeu o Instagram, as pessoas disseram que ele era um gênio. Agora estão perguntando por que ele fez isso tão cedo, dizendo que o Snapchat é ousado demais. Quem tinha razão? Ainda não sabemos."
A opção do Snapchat evocou lembranças de outros fundadores de start-ups. Alguns relembraram o que lhes passou pela cabeça no momento em que o dinheiro estava sendo oferecido e o futuro era imprevisível.
Max Levchin
PayPal
O eBay ligou muitas vezes antes que os fundadores do PayPal concordassem em vender a empresa. "Eles diziam: 'Vocês precisam vender para nós porque é uma sinergia natural -se vocês não venderem, vamos tirar vocês do caminho por meio da concorrência e vamos matar vocês'", disse Max Levchin, um dos fundadores do PayPal.
Todas as vezes, Levchin pedia aos funcionários para "olharem para a sua alma e se perguntarem: 'Como vocês estão de cansaço? Ainda estão prontos para brigar?'", disse ele.
Em 2002, depois que o PayPal havia aberto seu capital e "a briga com o eBay ficou realmente sangrenta", a empresa foi vendida para o eBay por US$ 1,5 bilhão. "Devo admitir que o eBay tem sido um guardião fantástico do que construímos", disse ele. "É um dos poucos acordos na história do Vale do Silício em que o adquirente não sufocou a [outra] parte."
Com sua empresa seguinte, a Slide, a história foi diferente. Ela fazia aplicativos sociais e foi vendida por US$ 228 milhões para o Google, que a fechou um ano depois.
Philippe Courtot
cc:Mail
Em 1990, Philippe Courtot recebeu um telefonema da Microsoft. Será que ele poderia ir a uma reunião com Bill Gates?
Dois anos antes, Courtot havia criado uma empresa com US$ 2.000 e, com 12 engenheiros, estava desenvolvendo um novo produto de e-mail chamado cc:Mail. Gates ofereceu US$ 12 milhões pelo negócio.
"Acho que ele multiplicou 1 milhão por 12 engenheiros -essa era a fórmula que eles estavam usando para adquirir companhias na época", relembrou Courtot. "Eu lhe disse que o preço não era suficiente. Mas não era só questão de preço, nós estávamos prestes a desenvolver a plataforma de e-mail dominante."
Gates ficou magoado com a rejeição. "Ele me disse: 'Se você não vender para mim, seremos um concorrente feroz'."
A vantagem de Courtot, segundo ele próprio, era que o cc:Mail funcionava em múltiplos sistemas operacionais -Mac OS, Windows e Unix-, ao passo que o Microsoft Mail funcionava só no Windows.
Durante o ano seguinte, o cc:Mail dominou o Microsoft Mail de Gates, até que Courtot recebeu uma oferta de US$ 55 milhões à vista da Lotus Development.
Sob a Lotus, o cc:Mail saltou de 4 milhões para 24 milhões de usuários, até que a IBM adquiriu a Lotus em 1995 e fechou o cc:Mail.
"Eu não deveria ter vendido", disse Courtot, que hoje é executivo-chefe da Qualys, empresa de segurança. "Esse foi o meu maior arrependimento. Poderíamos ter avançado muito mais. Mas a vida é assim."
Jeremy Stoppelman
Yelp
Na primeira vez que o Yelp, site de resenhas locais, rejeitou uma oferta de aquisição, um investidor alertou Jeremy Stoppelman, cofundador e executivo-chefe da empresa, de que ele precisaria então "construir uma companhia de verdade".
"Eu disse: 'Sim, sim, é claro'", contou Stoppelman. "Mas não entendi as nuances do que ele queria dizer. É muito trabalho."
Ele tinha 28 anos, e o Yelp estava com quase dois anos de idade e sem faturamento. A empresa que fazia a oferta -a qual ele não identificou- ofereceu US$ 100 milhões. "O excesso de confiança certamente interferiu", disse ele.
Três anos depois, o Google ofereceu US$ 500 milhões. A parceria parecia promissora, mas as negociações não prosperaram.
"Acaba dando a sensação de dano cerebral a todos os envolvidos", disse ele, em grande parte porque as pessoas começam a sonhar em pagar a hipoteca. "Todo mundo precisava se desvencilhar dessas fantasias e voltar a trabalhar, inclusive eu mesmo."
"No momento, ainda me vejo como um jovem empreendedor, não como um executivo-chefe de uma empresa estabelecida de capital aberto", disse ele.
A Yelp abriu seu capital em março de 2012. O preço das ações triplicou desde então, fazendo com que ela valha hoje US$ 5 bilhões.
Ben Horowitz
Opsware
Ben Horowitz tinha sentimentos conflitantes, em 2007, a respeito da venda da Opsware, empresa de software empresarial que ele ajudou a fundar. "Há um pedaço de lógica e um pedaço emocional, e é muito difícil desembaralhar um do outro."
Sua lógica a respeito da venda da companhia continua sólida, disse ele. O mercado de automação de data centers estava mudando, e a economia estava começando a se deteriorar. Além disso, a Hewlett-Packard pagou US$ 1,6 bilhão.
No entanto, ainda hoje, suas emoções a respeito da venda são tumultuadas. "Passei oito anos, todos os dias, o dia todo, tentando construir esse negócio, e de repente ele vai embora", disse Horowitz, que hoje assessora empreendedores na Andreessen Horowitz. "É um pouco como se algo morresse."
Oren EtzioniNetbot and Farecast
Oren Etzioni contraiu tantas vezes o bichinho da start-up quando trabalhava como professor de ciência da computação, na Universidade de Washington, que parece que ele jamais irá se livrar disso. Todas as quatro companhias que ele criou foram adquiridas, sendo as mais recentes pelo eBay e pela Microsoft.
O Netbot, serviço de comparação comercial vendido para a Excite por US$ 35 milhões em 1997, era mais uma tecnologia do que um negócio, disse ele, e estava pedindo para ir morar em uma empresa maior.
Da mesma forma, disse Etzioni, ele vendeu o Farecast para a Microsoft por US$ 115 milhões, em 2008, em grande parte porque queria ver o serviço, que ajudava viajantes a escolher o melhor momento para a compra de um bilhete aéreo, chegando a um público maior. A Farecast se tornou a base para o serviço Bing Travel, da Microsoft.
Obter o preço mais elevado para suas empresas, disse ele, não é a sua maior prioridade.
"Não quero parecer um santo", disse Etzioni, que hoje em dia dirige o Instituto Allen de Inteligência Artificial, grupo de pesquisas sem fins lucrativos. "[Mas] nunca tive como foco o dinheiro."
Dan Porter
Omgpop
A Omgpop era uma empresa de desenvolvimento de aplicativos para iPhone que não dava sorte. A companhia, com sede em Manhattan, passou anos atolada, lançando sem parar jogos que não faziam sucesso suficiente para manter a empresa à tona.
Aí ela lançou o Draw Something, versão para tela touch do jogo "Pictionary" (no Brasil, "Imagem & Ação"), que foi baixado mais de 35 milhões de vezes.
A Zynga, grande empresa de games para redes sociais, estava ávida por uma nova leva de usuários, e Dan Porter, executivo-chefe da Omgpop, sabia que não poderia dizer "não" a uma oferta de aquisição. "Estávamos nessa fazia quatro anos", disse Porter. "Os membros da equipe haviam casado, tido filhos."
A Omgpop foi vendida para a Zynga por US$ 180 milhões em março de 2012, mas Porter disse que não foi só pelo dinheiro. "Há 1 milhão de decisões pessoais envolvidas toda vez que você tem a chance de vender a companhia", disse ele. No final, afirmou, "sabíamos que era a nossa vez".
Fonte: NYT, 26.11.13

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

As 20 (ou 10) mais importantes questões da ciência - Marcelo Gleiser

Um livro acaba de ser publicado na Inglaterra listando os 20 desafios mais importantes da ciência moderna, ao menos segundo os autores, Mun Keat Looi, Hayley Birch e Colin Stuart ("Big Questions in Science"). Apesar de toda lista desta natureza ter uma dose de arbitrariedade, eis as primeiras 10 delas, com comentário.
1. Do que é feito o Universo? Conhecemos apenas 5% da composição cósmica. Os átomos dos quais somos feitos são a minoria absoluta --95% consiste de "matéria escura" e "energia escura", cuja composição continua um mistério.
2. Como surgiu a vida? A vida surgiu na Terra em torno de 3,5 bilhões de anos atrás. Como que átomos, combinados em moléculas, atingiram um nível de complexidade em que essas moléculas formaram o primeiro sistema "vivo"?
3. Estamos sós no Universo? Hoje, sabemos que a maioria das estrelas têm planetas girando à sua volta. Será que a vida está presente em algum deles? Em muitos? E essa vida, seria inteligente ou simples? Se existe vida inteligente na nossa galáxia, por que ainda não temos confirmação definitiva?
4. O que nos torna humanos? Temos três vezes mais neurônios do que um gorila, mas nossos DNAs são quase iguais. Por outro lado, muitos animais têm linguagem rudimentar, usam ferramentas, reconhecem-se no espelho; seria nossa cultura, nosso polegar, a descoberta do fogo, o que nos tornou humanos?
5. O que é o consciente? Como que o cérebro gera a mente, nossa capacidade de termos autoconsciência, de podermos escrever poesias e sinfonias? E por que o consciente existe, qual a sua função evolutiva?
6. Por que sonhamos? Passamos um terço de nossas vidas dormindo e ainda não entendemos por que sonhamos. Terão alguma função essencial ou são apenas imagens aleatórias de um cérebro em repouso parcial?
7. Por que a matéria existe? De acordo com as leis da física, a matéria não deveria existir sozinha; cada elétron, cada próton, deveria ter seu companheiro de antimatéria, como gêmeos. O problema é que matéria e antimatéria, quando se encontram, desintegram-se em radiação. Se ambos existissem em pé de igualdade, não estaríamos aqui. Ninguém sabe a razão para essa assimetria da natureza.
8. Existem outros universos? Ou o nosso é único? Se existirem outros universos, poderiam ter propriedades diferentes do nosso. Como podemos saber se existem?
9. Onde poremos todo o carbono? Com a industrialização, a quantidade de carbono na atmosfera vem aumentando, causando o efeito estufa. O que faremos para reverter ou desacelerar esse processo?
10. Como conseguir mais energia do Sol? A energia solar, em tese, é a melhor das fontes. Como otimizar sua extração para resolver a questão da energia? Será que a fusão nuclear controlada vai se concretizar?
Devido ao espaço, terei que parar por aqui. Felizmente, leitores da coluna sem dúvida reconheceram todas essas questões como parte de nossos temas usuais. E assim seguiremos!
Fonte: Folha, 08 Set.2013.

Mais dez importantes questões da ciência

Na coluna da semana passada, escrevi sobre o livro "Big Questions in Science", que acaba de ser publicado na Inglaterra listando 20 desafios importantes da ciência moderna, ao menos segundo os autores, Hayley Birch, Mun Keat Looi e Colin Stuart.
Hoje, completo com mais dez questões.
1. Qual o mistério dos números primos? Números primos são aqueles divisíveis só por si mesmos ou por um, como 2,3,5,7,11,13,17... O comércio via internet, com a necessidade de assegurar números de contas e cartões de crédito, usa-os rotineiramente. Há séculos, matemáticos estudam suas propriedades.
Mesmo que Euclides tenha demonstrado em torno de 300 a.C. que existem infinitos números primos, existem muitas questões em aberto. Por exemplo, a hipótese de Riemann, matemático alemão do século 19, que mostrou que o número de primos até um certo valor (até 100, por exemplo) está relacionado com as propriedades da "função zeta de Riemann". Se a hipótese for resolvida, a segurança da internet pode ser comprometida.
2. Como vencer as bactérias? O abuso de antibióticos está deixando as bactérias cada vez mais resistentes. Essa guerra pode ser ganha? O sequenciamento genético nos dá uma vantagem, permitindo isolar novos antibióticos. Mas novas mutações são inevitáveis.
3. Existe um limite na velocidade dos computadores? Um iPhone tem maior poder computacional do que o aparelho que levou os astronautas à Lua em 1969. Isso não pode continuar indefinidamente. Materiais como o grafeno e o computador quântico podem ser o futuro.
4. Será que curaremos o câncer? "Câncer" são centenas de doenças diferentes. Não há uma cura, mas muitas. A genética nos dá uma nova visão da doença. A batalha é longa e, quanto mais vivermos, maior será a probabilidade de que algo dê errado. No meio tempo, 50% dos cânceres são evitados com medidas como não fumar e evitar muito sol.
5. Qual o futuro dos robôs? Robôs fazem já tarefas domésticas e industriais. A questão é se teremos robôs capazes de pensar. Antes, devemos entender melhor a inteligência.
6. O que existe no fundo dos oceanos? Conhecemos só 10% de suas profundezas. Exploradores chegaram a 11 km, onde a escuridão é total e a água gélida não tem oxigênio. Mas foi só o começo de uma nova etapa da exploração da Terra.
7. O que há dentro do buraco negro? Buracos negros são a fase final de estrelas mais pesadas que o Sol, regiões onde a força da gravidade é gigantesca. Pouco sabemos do que ocorre em seu interior, pois precisamos de uma teoria combinando a gravidade e a física quântica.
8. Podemos viver para sempre? Avanços na medicina e na genética prometem revolucionar nossa relação com a morte. Porém, criam também questões morais e filosóficas bem complexas.
9. Como resolver o problema da superpopulação? A população mundial chegará a 9 bilhões em 2050. Como alimentar todo mundo? Comida feita em laboratório? Alimentos geneticamente modificados? Nosso futuro depende de nossas escolhas.
10. É possível viajar no tempo? Não conhecemos a natureza do tempo, mas as leis da física proíbem idas ao passado. Ao futuro, porém, é possível, se viajarmos próximos da velocidade da luz.
Fonte: Folha, 15 Set.2013.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Star Up - A necessidade de uma engenharia de tratamento de dados como matéria-prima

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Big Data - O novo petróleo da captura e análise de dados em volume maciço para energizar a economia

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1 Exabyte= 1 bilhão de gigabytes
1 Zettabyte= 1000 Exabyte

Primeira onda da internet= 1990 a 2005

"Não faz sentido enxergar a ascensão digital como incremento líquido à economia, um setor cai e outro se eleva. Esta bastante claro que o DIGITAL é um substituto do FÍSICO" (Joel Waldfogel, Univ. Minnesota)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O fim do livre-arbitrio


Eva Olberdorster


Manufactured Nanomaterials (Fullerenes, C60) Induce Oxidative Stress in the Brain of Juvenile Largemouth Bass

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1247377/

Abstract

Although nanotechnology has vast potential in uses such as fuel cells, microreactors, drug delivery devices, and personal care products, it is prudent to determine possible toxicity of nanotechnology-derived products before widespread use. It is likely that nanomaterials can affect wildlife if they are accidentally released into the environment. The fullerenes are one type of manufactured nanoparticle that is being produced by tons each year, and initially uncoated fullerenes can be modified with biocompatible coatings. Fullerenes are lipophilic and localize into lipid-rich regions such as cell membranes in vitro, and they are redox active. Other nano-sized particles and soluble metals have been shown to selectively translocate into the brain via the olfactory bulb in mammals and fish. Fullerenes (C60) can form aqueous suspended colloids (nC60); the question arises of whether a redox-active, lipophilic molecule could cause oxidative damage in an aquatic species. The goal of this study was to investigate oxyradical-induced lipid and protein damage, as well as impacts on total glutathione (GSH) levels, in largemouth bass exposed to nC60. Significant lipid peroxidation was found in brains of largemouth bass after 48 hr of exposure to 0.5 ppm uncoated nC60. GSH was also marginally depleted in gills of fish, and nC60 increased water clarity, possibly due to bactericidal activity. This is the first study showing that uncoated fullerenes can cause oxidative damage and depletion of GSH in vivo in an aquatic species. Further research needs to be done to evaluate the potential toxicity of manufactured nanomaterials, especially with respect to translocation into the brain.
Keywords: antioxidant defense system, fish, fullerenes, glutathione, lipid peroxidation, manufactured nanomaterials, toxicity

Horst Stormer


Economia Molecular